"Tu só, tu, puro Amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano."

Os Lusíadas, Luís de Camões
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domingo, 5 de abril de 2009

Monumentos em Nome do Amor: Convento de Nossa Senhora da Conceição de Beja

| adaptado por: Catarina Faria

O Convento de Nossa Senhora da Conceição de Beja foi palco de uma das histórias de amor mais controversas do país no que toca à sua veracidade; trata-se da história de amor entre Soror Mariana Alcoforado e marquês de Chamilly, Noel Bouton.

Atravessando a Rua das Portas de Mértola em direcção ao Largo da Boavista, estaremos muito perto do Convento de Nossa Senhora da Conceição, inevitavelmente ligado à história de amor de soror Mariana Alcoforado, que aqui se encontra sepultada.

Soror Mariana Alcoforado nasceu na cidade de Beja em 1640. Ingressou no Convento de Nossa Senhora da Conceição com apenas 12 anos, determinada a dedicar a sua vida a Deus. Contudo, a sua vocação religiosa seria posta à prova quando conheceu o cavaleiro francês Noel Bouton, marquês de Chamilly, que estava em Portugal com as suas tropas, envolvido na guerra da Restauração. Entre os dois surgiu um amor impossível, do qual as “Cartas Portuguesas” são um belíssimo testemunho. 
Publicadas pela primeira vez em francês, em 1669, pelo escritor Lavergne de Guilleraggues, as Cartas têm sido até hoje alvo de grande controvérsia no que diz respeito à sua autoria. A existência de Mariana Alcoforado e do Marquês de Chamilly e o facto de as cartas serem dirigidas a este último são indubitáveis. Aquilo que se discute é a atribuição da autoria dos textos a Soror Mariana Alcoforado e a sua autenticidade.

No primeiro andar do convento, é fácil localizar a janela de Mértola, de onde Mariana terá avistado pela primeira vez o marquês de Chamilly, e que evoca a triste e romântica paixão desta freira, cuja história inspirou poetas e pintores de todo o mundo.

No Convento, funciona actualmente o Museu Regional Rainha Dona Leonor.

 

 

 

 

 

 

 

FONTES:
Texto: Viajar *Clix - http://viajar.clix.pt/tesouros.php?id=333&lg=pt
Mariana Alcoforado - http://www.assirio.com/autor.php?id=1281&i=G

Imagens: http://i.pbase.com/o6/21/4921/1/61271476.DyyXPq5A.Beja0733.jpg
http://www.agencia.ecclesia.pt/ecclesiaout/snpcultura/fotografias/
vol_convento_nossa_senhora_assunção_faro_1.jpg

1 comentários:

Pedro disse...

Olá! Desculpa só responder agora.

Pretendo criar uma vigorosa obra de arte para Portugal sonhar histórias de amor! Esse é o propósito de "Pedro procura Inês".

Claro, a inspiração nasceu e renasce quotidianamente do meu desejo de reconquistar o coração da Inês da minha vida, da Inês que já foi minha e cuja perda, por exclusiva estupidez minha, foi o maior erro da minha vida.

Não devem, é claro, acreditar muito nas coisas que vou dizendo. Na minha Carta dos Céus se lê bem minha extraordinária capacidade para mentir.