"Tu só, tu, puro Amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano."

Os Lusíadas, Luís de Camões
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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amor Roubado

| por: Joana Barroso

Amor roubado, este sentido por Pedro e Inês. Dois corações amarrados por um forte amor que apenas a tirania que um homem cruel foi capaz de separar. Impossível dizer ou sequer pensar que este é um amor destruído: nem a morte o diminuirá nem a vida conseguirá algum dia abstrair-se dele.

Com a morte de Inês de Castro, o nosso Portugal ganhou um coração despedaçado. D. Pedro jamais sentiu qualquer calor em seu coração.

Seus filhos, fruto dum intemporal sentimento, permanecerão para sempre nos gritos de misericórdia evocados por sua mãe.

A este grande amor, um bem-haja eterno de alguém que admira tão poderosos corações.

1 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito, Joana!