por: Ana Isabel Lopes
Romeu e Julieta:
Se o amor tem a força de superar todas as adversidades, este, só por existir, tornou-se na maior exaltação deste sentimento que alguma vez foi conhecida. Famoso em todo o mundo, o romance de Romeu e Julieta ainda hoje inspira corações apaixonados pelo esplendor com que a sua história nos envolve. Escrito por William Shakespeare, esta é uma narrativa que expõe o amor de dois adolescentes cujas famílias se odiavam e que, na esperança de serem felizes para sempre, ultrapassaram todas as infelicidades e obstáculos lutando até que o destino se interpusesse no seu caminho. Emocionante até ao último momento, Romeu e Julieta é uma história de amor infeliz que, apesar de ter acabado em tragédia, para sempre viverá na nossa memória como um amor dramático, intemporal e inolvidável.
O filme Romeu e Julieta, inspirado na obra de William Shakespeare, é uma representação contemporânea da trágica história de amor que conta com a participação de Leonardo DiCaprio no papel de Romeu e Claire Danes no de Julieta. Originário dos Estados Unidos, este filme de 1996 não foi o primeiro filme baseado na obra de Shakespeare; em 1968 foi rodado um outro filme com o mesmo título que retratava o amor entre os eternamente apaixonados adolescentes da cidade de Verona.
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano."
Os Lusíadas, Luís de Camões
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Outras Histórias famosas de amores infelizes
Postado por Duro e Fero Amor às 11:28 3 comentários
Marcadores: Amor, Amores Infelizes, Filmes, Livros
domingo, 18 de janeiro de 2009
Cinema: A lenda da “rainha depois de morta” passou ao cinema
Verdade histórica e mito tendem a ser confundidos no nosso imaginário: os amores entre Inês de Castro e o futuro rei de Portugal,D. Pedro, filho de D. Afonso IV, e o episódio da coroação de Inês depois de morta.
FILME: Inês de Portugal, 1945
«SINOPSE:
No século XIV, chega D. Constança a Portugal, para casar com D. Pedro. Na sua comitiva, traz a sua aia D. Inês, por quem o noivo se apaixona. D. Inês prefere exilar-se, mas entretanto D. Constança morre, fazendo reatar o romance proibido. D. Afonso IV, pai de D. Pedro, manda executar D. Inês. D. Pedro revolta-se. D. Afonso IV morre e seu filho persegue os executores da sua amada. Coroação e funeral de de D. Inês.
REALIZADOR:
Leitão de Barros
PARTICIPAÇÕES:
António Vilar (Dom Pedro), Alicia Palacios (Dona Inês), Maria Dolores Pradera (D. Constança), João Villaret (Martin, o bobo), Erico Braga (D. Afonso IV), Raul de Carvalho (Diogo Lopes Pacheco) e Alfredo Ruas (Álvaro Gonçalves, o Meirinho-Mor).»
FONTES:
- Amor de Perdição – Base de Dados:
http://www.amordeperdicao.pt/filmes.asp?filmeid=129 - Youtube: Cinema Português – “Inês de Castro” – Vídeo 11
http://www.youtube.com/watch?v=ZEu7aYlSgS8
Música: «Corpo e Alma»
Os amores trágicos de Inês e Pedro em Ópera: "Corpo e Alma" de Christopher Bochmann esteve em cena no Teatro Nacional de São Carlos, em Junho de 2008. Texto de António Patrício, adaptação de Laureano Carreira."A lenda-história de Pedro e Inês é conhecida por toda a gente. Portanto, esta ópera não se preocupa em contar esta história mas antes em apresentar alguns aspectos dela sob uma luz diferente: uma luz cuja cor e cuja subtileza melhor se transmitem pela música do que por outros meios. No curto espaço de tempo de uma hora, a obra acompanha o delírio de Pedro e a sua transformação, de um amor sensual para um amor espiritual.
Fontes:
Foto: Germina
Sugestões de Livros: «Castro»
Publicada em 1587, a Castro é uma tragédia de António Fereira (1528-1569) , poeta do nosso classicismo renascentista, em que é contada a desventura de Inês de Castro.
INÊS E O REI
CASTRO:
Meu Senhor,
Esta he a mãy de teus netos. Estes são
Filhos daquelle filho, que tanto amas.
Esta he aquella coitada molher fraca,
Contra quem vens armado de crueza.
Aqui me tens. Bastava teu mandado
Pera eu segura, e livre t'esperar,
Em ti, e em minh'innocencia confiada.
Escusarás, Senhor, todo este estrondo
D'armas, e Cavaleiros; que não foge.
Nem se teme a innocencia, da justiça.
E quando meus peccados me accusaram.
A ti fora buscar: a ti tomara
Por vida em minha morte: agora vejo
Que tu me vens buscar. Beijo estas mãos
Reaes tam piedosas: pois quiseste
Por ti vir-te informar de minhas culpas.
Conhece-mas, Senhor, como bom Rey,
Como clemente, e justo, e como pay
De teus vassallos todos, a que nunca
Negaste piedade com justiça.
Que vês em mim, Senhor? Que vês em quem
Em tuas mãos se mete tam segura?
Que furia, que ira esta he, com que me buscas?
Mais contra imigos vens, que cruelmente
T'andassem tuas terras destruindo
A ferro, e fogo. Eu tremo, senhor, tremo
De me ver ante ti, como me vejo:
Molher, moça, innocente, serva tua,
Tam só, sem por mim ter quem me defenda.
Que a lingua não s'atreve, o sprito treme
Ante tua presença, porém possam
Estes moços, teus netos, defender-me.
Elles falem por mim, elles sós ouve:
Mas não te falaram, Senhor, com lingua,
Que inda não podem: falam-te co as almas,
Com suas idades tenras, com seu sangue,
Que he teu, faláram: seu desemparo
T'está pedindo vida: não lha negues
Teus netos são, que nunca téqui viste:
E vê-los em tal tempo, que lhes tolhes
A glória, e o prazer, qu'em seus spritos
Lhe está Deos revelando de te verem.
REY:
Tristes foram teus fados, Dona Ines,
Triste ventura a tua.
(excerto, Acto IV)
Postado por Duro e Fero Amor às 14:53 1 comentários
Estavas linda Inês, posta em sossego…
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
(Os Lusíadas, Canto120) alusivo a Inês de Castro
Fontes:
Foto: Luís Filipe Coito
Postado por Duro e Fero Amor às 14:38 1 comentários
Pedro, lembrando Inês
Nuno Júdice (1949) é ensaísta, poeta, ficcionista e professor universitário na Universidade Nova. Publicou antologias, edições de crítica literária, estudos sobre Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa. A sua estreia literária deu-se com A Noção de Poema (1972). Em 1985, recebeu o Prémio Pen Clube, e em 1990, o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus. Em 1994, a Associação Portuguesa de Escritores distinguiu-o pela publicação de Meditação sobre Ruínas, finalista do Prémio Europeu de Literatura Aristeion. Assinou ainda obras para teatro e traduziu autores como Corneille e Emily Dickinson. Foi Director da revista literária Tabacaria. Tem obras traduzidas em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e França.
Em 2001, publicou Pedro Lembrando Inês , livro de poemas que recordam os amores de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, ligando-os com outros amores e com os elementos ar, terra, água e fogo. Um belo livro de poesia.
Em quem pensar,agora,senão em ti?
Tu, que me esvaziaste de coisas incertas,
e trouxeste a manhã da minha noite.
É verdade que te podia dizer:
"Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem,sermos o que sempre fomos,mudarmos
apenas dentro de nós próprios?"
Mas ensinaste-me a sermos dois;
e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide.
Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo,
ouvir a tua voz que abre as fontes de todos os rios,
mesmo esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo,para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba.
Como gosto,meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar:
com a surpresa dos teus cabelos,
e o teu rosto de água fresca que eu bebo,
com esta sede que não passa.
Tu: a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti,
como gostas de mim,
até ao fundo do mundo que me deste.
Postado por Duro e Fero Amor às 14:32 0 comentários
sábado, 17 de janeiro de 2009
Sugestões de Livros: "Inês de Castro" de María Pilar Queralt del Hierro
«Naquela manhã brumosa em que Inês de Castro, com apenas dez anos contempla os contornos do castelo de Peñafiel, ao lado da ama que acompanhará até ao último dos seus dias, contempla também, sem saber, o cenário onde terá início o primeiro acto da tragédia que ficará para a história como uma das mais belas histórias de amor de sempre, inalterada no seu imenso fascínio. A ama, inocente do seu peso trágico, pronuncia as palavras que o destino se encarregará de fazer cumprir – “um príncipe amar-te-á pelo teu colo de garça e pelos teus cabelos loiros e as tuas fontes virão a ser cingidas por uma coroa real” (…).
A aura de mistério e romantismo que envolverá para sempre a figura de Inês de Castro, a sua beleza lendária, a poesia trágica da sua vida foram magistralmente captadas pela pena de María Pilar Queralt del Hierro, numa obra que perdurará, certamente, na memória de quem a ler.»
Título: Inês de Castro
Autor(a): Queralt del Hierro, María Pilar
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Outras histórias famosas de amores infelizes
As histórias de amor, belas e felizes, intensas e infelizes, sempre fizeram parte da vida do Homem e há histórias que fazem parte do nosso imaginário colectivo: a história de amor entre Inês de Castro e D.Pedro é uma entre nós a mais conhecida. No entanto, bem mais perto de nós no tempo, temos outras histórias de amor intensas e trágicas: a de Maria Callas e Aristóteles Onassis é uma dessas histórias de amor, um amor entre uma das maiores cantoras de ópera de sempre e um dos homens mais ricos do mundo na época.
Aristóteles Onassis e Maria Callas conheceram-se em 1957. Viveram um amor forte e tempestuoso que acabou em grande sofrimento para Maria Callas quando Onassis decide casar com a viúva de Kennedy. Diz-se que ela nunca mais foi a mesma nem voltou a cantar de forma tão belamente apaixonada.
Postado por Duro e Fero Amor às 09:41 0 comentários
Marcadores: Amor, Amores Infelizes
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Filme: "Inês de Portugal"
A MAIS LOUCA PAIXÃO DA NOSSA HISTÓRIA
O tratamento dramático dos elementos que deram origem ao mito, trazem uma nova dimensão às personagens deste drama. Inês de Castro uma mulher profundamente apaixonada por D. Pedro. Mas que tem um plano político e a inteligência e determinação para o aplicar. Até a morte brutal que o interesse do Reino lhe impõe. D. Pedro, após viver a paixão com Inês, não mais perdoará a quem lha tirou. Governará obcecado pela vingança, pairando entre o mel das memórias e a dor da eterna, definitiva ausência da sua grande paixão. Até à vingança final, efémera.
REALIZADOR
José Carlos de Oliveira
INTÉRPRETES
Cristina Homem de Mello, Heitor Lourenço, Carlos Cabral, Afonso Melo, Rogério Jacques, Jorge Parente, Peter Michael, Carlos Aurélio, Alberto Villar, Isabel Neves, António Semedo, Manuela Carona, Rui Filipe Torres, Leonor Lains, Eva Cabral, José Leitão, Sofia Luckéni, João Vaz, João Didelet, Miguel de Oliveira, João Santos, Tobias Monteiro, Ruy de Carvalho, Ricardo de Oliveira, Aissa Kalinowski.
Fontes:
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
"Inês amada nos braços de Pedro"
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Os amantes separam-se hoje...
por: Bruno Micael
Hoje, faz 654 anos que D. Inês de Castro foi brutalmente assasinada. Aqui transcrevemos um poema de Bocage que vem mesmo a propósito:
Da triste, bela Inês, inda os clamores
Andas, Eco chorosa, repetindo;
Inda aos piedosos Céus andas pedindo
Justiça contra os ímpios matadores;
Ouvem-se inda na Fonte dos Amores
De quando em quando as náiades carpindo;
E o Mondego, no caso reflectindo,
Rompe irado a barreira, alaga as flores:
Inda altos hinos o universo entoa
A Pedro, que da morte formosura
Convosco, Amores, ao sepulcro voa:
Milagre da beleza e da ternura!
Abre, desce, olha, geme, abraça e c'roa
A malfadada Inês na sepultura.
Após a condenação dos responsáveis pela morte de Inês, diz-se que D.Pedro fez uma cerimónia de coroação em que impôs à corte que todos os seus membros beijassem a mão de Inês.
Os túmulos, onde repousam para a eternidade, estão no Mosteiro de Alcobaça, de frente um para o outro para que, segundo a lenda, possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final.
Fontes:
Poema "A lamentável catástrofe de D.Inês de Castro" de Bocage
http://www.ruadapoesia.com/content/view/94/34/ - Sítio "Rua da Poesia"
Wikipédia - Inês de Castro
http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%AAs_de_Castro
Wikipédia - 7 de Janeiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/7_de_Janeiro