por: Bruno Micael
Hoje, faz 654 anos que D. Inês de Castro foi brutalmente assasinada. Aqui transcrevemos um poema de Bocage que vem mesmo a propósito:
Da triste, bela Inês, inda os clamores
Andas, Eco chorosa, repetindo;
Inda aos piedosos Céus andas pedindo
Justiça contra os ímpios matadores;
Ouvem-se inda na Fonte dos Amores
De quando em quando as náiades carpindo;
E o Mondego, no caso reflectindo,
Rompe irado a barreira, alaga as flores:
Inda altos hinos o universo entoa
A Pedro, que da morte formosura
Convosco, Amores, ao sepulcro voa:
Milagre da beleza e da ternura!
Abre, desce, olha, geme, abraça e c'roa
A malfadada Inês na sepultura.
Após a condenação dos responsáveis pela morte de Inês, diz-se que D.Pedro fez uma cerimónia de coroação em que impôs à corte que todos os seus membros beijassem a mão de Inês.
Os túmulos, onde repousam para a eternidade, estão no Mosteiro de Alcobaça, de frente um para o outro para que, segundo a lenda, possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final.
Fontes:
Poema "A lamentável catástrofe de D.Inês de Castro" de Bocage
http://www.ruadapoesia.com/content/view/94/34/ - Sítio "Rua da Poesia"
Wikipédia - Inês de Castro
http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%AAs_de_Castro
Wikipédia - 7 de Janeiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/7_de_Janeiro
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