«Toldam-se os ares, «Mísero esposo, «Sua alma pura «Contra a cruenta «Tem roto o seio «De dor e espanto «Aves sinistras «Toldam-se os ares, Fonte: http://purl.pt/1276/1/poemas.html - "Bocage 1765-1805 | À Morte de Inês de Castro"
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,
Porque a perdeu.
Raiva íerina,
Face divina
Não lhe valeu.
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.»
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Há 13 anos
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